Achei que a melhor forma para ir seria de trem mesmo, visto que era meio de semana e com certeza o trânsito na Av. Brasil deveria estar com um congestionamento gigantesco. Porém mal sabia eu que a aventura já começaria no meio de transporte.
Pego o trem em Queimados até São Cristóvão, onde faço a baldeação para Saracuruna, onde tenho que realizar mais uma baldeação para o ramal Vila Inhomirim, neste trecho o percurso não é eletrificado e a composição é puxada por uma locomotiva a diesel.
Após essa longa viagem, chego ao local do início da trilha, e com as orientações buscadas, logo consigo localizar o início do Caminho do Ouro, como também é conhecida essa travessia. Ela é toda feita de pedras coloniais e foi construídas em
1724 por escravos de Bernado Soares de Proença, rico fazendeiro da
cidade, que trazia ouro de Minas Gerais até a cidade do Rio de Janeiro,
passando antes por Magé.
Tronco caído no meio da trilha |
A trilha segue sempre sem muitas variações, por se tratar de uma estrada, não há grandes subidões e nem muitos obstáculos naturais, apenas as vezes uns troncos de árvores caídos para dar um pouco de emoção.
Após cruzar um matagal com matos com cerca de 2 metros de altura chego a pouco mais metade da travessia onde existe um pequeno riacho que tem que ser cruzado, não é um grande riacho, pois está perto da nascente, neste ponto paro para fazer um lanche, descanso um pouco e prossigo. A partir daí o calçamento praticamente desaparece, então sigo apenas por uma estreita trilha até chegar ao final da travessia, que durou 2hs30min.