Esse dia demorou, mas chegou. Finalmente fiz uma escalada na serra em alta montanha. Fomos ao Dedo de Deus na Serra dos Órgãos.
Não tenho palavras para descrever a sensação e a emoção desse dia que foi longo, mas passou rápido, acho que posso dizer que foi incrível e inesquecível!
Antes de começar a escalar de fato, temos que enfrentar uma longa trilha super íngreme (cerca de 45min) e depois várias subidas em cabo de aço o que já traz um desgaste físico muito grande, principalmente para os braços.
Na base, preparando para subir |
Depois de enfrentar tudo isso, chegamos a base e nos preparamos para começar a escalar. Gustavo e Kate vão à frente e eu e Adriano logo em seguida. Fizemos via Maria Cebola, não é difícil, apenas exige umas técnicas que eu nunca fiz antes como chaminés e atolamentos, mas com as dicas que recebi dos guias consegui vencer todos os obstáculos.
A parte mais critica para mim, foi um lance antes de chegar a Maria Cebola, onde existe uma pequena escalada em horizontal (que é o meu maior medo e que me trava por completo), pois quando tirei a primeira costura cai e pendulei, não foi nada sério e nem o pendulo grande, pois esse lance é pequeno, mas devido ao meu medo travei e fiquei parado olhando para o lance e pensando que nunca iria conseguir. Cheguei a chamar o guia falando que não ia sair dali, porém ele me deu o maior apoio, e depois de cerca de 30min reuni forças, não sei de onde saíram, e consegui vencer . Foi uma grande superação.
Após essa tensão toda ainda tinha as chaminés, técnica que nunca fiz e que estava ansioso para ver meu desempenho. Consegui fazer muito bem, até que é fácil, mas muito cansativo, pois exige de todo o seu corpo (pernas, braços, costas, joelhos).
Escada para alcançar o cume |
As chaminés foram praticamente o último lance, mas ao acabar a escalada, ainda temos que enfrentar uma escada para chegar ao cume do Dedo de Deus. A vista lá de cima é incrível, vemos vários outros cumes como: Dedo de Nossa Senhora, Escalavrados, Cabeça de Peixe, e os Dedinhos do Dedo de Deus, em quase todos esses cumes tinham pessoas, uma verdadeira invasão na Serra, então rola o clássico grito: Eh Oh! Todos se comunicam de um cume para o outro.
Voltando pra casa |
Saímos as 7:20 e chegamos ao cume as 14:30, descansamos um pouco e já temos que descer para que não pegássemos a noite no meio do caminho. Os rapéis foram tranqüilos, alguns em negativo, outros que pendulam um pouco e outros longos. O mais complicado é enfrentar os cabos de aço na descida com a via molhada, vários escorregões, mas faz parte. Fizemos a trilha já no escuro, sem problemas todos tinham lanternas.
Ao chegar ao estacionamento comemos o clássico pastel e partimos rumo ao Rio. Todos felizes da vida e já pensando quando irá rolar a próxima escalada!
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